O SUL, 27/09/2012
WANDERLEY SOARES
Quando não há mortos entre as vítimas, festeja-se uma vitória.
Deságuam sobre a Brigada Militar atribuições que nada, nada têm mesmo a
ver com a atividade de polícia ostensiva-preventiva, como são os mais
diversos atendimentos na área da saúde, da educação e da assistência
social.
Na medida que isso acontece com a Brigada, tendo ela um defasado
efetivo, a criminalidade cresce nas ruas, o que aumenta as pilhas de
inquéritos que exigem os trabalhos de investigação da Polícia Civil. O
rombo no balanço final, inevitavelmente, onera, gravemente, o cotidiano
de cada cidadão. As ações de bandidos isolados ou de quadrilhas
organizadas são pulverizadas em todo o Estado e, sempre que não há
mortos entre as vítimas, festeja-se uma vitória.
Não obstante, sucessos
resultantes do esforço dos profissionais das organizações policiais, a
política da segurança pública instituída pelos governantes eventuais não
pode continuar a andar com bandeiras agitadas, mas com passos lerdos.
O presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar do RS, José
Carlos Riccardi Guimarães, manifestou repúdio à situação funcional dos
policiais militares que atuam no Presídio Central. Ele afirmou que a
atuação dos brigadianos naquela casa prisional, atividade realizada há
15 anos, é atípica. Destacou Riccardi que 500 PMs estão em situação de
desvio de função no RS.
Militar Estadual, Centauro da Força Pública, Guerreiro nas Revoluções, Protetor Ambiental, Agente de Saúde, Policial Estadual e integrante da Lendária Brigada Militar do Estado Rio Grande do Sul - Este é o Brigadiano(a)- homens e mulheres a serviço da lei, da justiça, da ordem, do direito, do Povo Gaúcho e da Grande Nação Brasileira
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
DANÇA DAS CADEIRAS NA BRIGADA
O SUL, 25/09/2012
WANDERLEY SOARES
Um projeto coloca um jato de água fria - não gelada - em planos mais imediatos daqueles que ambicionam os postos mais elevados.
Aqui da minha torre, acompanho sem perplexidade a ritualística dança das cadeiras nos organismos da segurança pública, como é a que está sendo prevista na Brigada Militar nos próximos cinco meses. Ocorre que a mudança na cúpula, inevitavelmente, provoca um traumático efeito cascata, pois novas cabeças correspondem a novos planos. No caso atual na Brigada, o governador Tarso Genro, por força de aposentadorias compulsórias, poderá perder oficiais de sua máxima confiança não só pela competência profissional, mas por serem homens de sua seara partidária. No entanto, Tarso, mesmo tendo à sua disposição oficiais petistas igualmente competentes, a dança das cadeiras pode mudar de ritmo o que até agora foi realizado, além de frustrar algumas carreiras de forma irreversível. Uma das formas de equacionar esta situação é a de deixar, por algum tempo, tudo ou quase tudo como agora está. Para que isso venha ser possível, há um projeto de lei do Executivo que, se aprovado, praticamente eliminará os termos atuais da aposentadoria compulsória para quem exerce determinados postos. Consagrado tal projeto, haverá um largo tempo para o Piratini equacionar as mudanças. Sigam-me.
Interesse público
Eis o projeto que será paciente de múltiplas interpretações: "Art. 1. O art. 106 da Lei Complementar n. 10.990, de 18 de agosto de 1997, fica acrescido do parágrafo terceiro, com a seguinte redação: § 3 A transferência para reserva remunerada ?ex officio' de Oficiais que estejam no posto de Comando ou Chefia, ocupando as funções de Comandante-Geral da Brigada Militar, Subcomandante-Geral da Brigada Militar, Comandos de Fronteira e Unidades de Difícil acesso, Secretário Chefe da Casa Militar ou que estejam na situação de agregados em exercício de funções em Secretarias de Estado, poderá ser adiada, por conveniência do interesse público, por ato do governador do Estado do Rio Grande do Sul, aplicando-se neste caso o disposto nos artigos 158, inciso II, e 114, ?caput', da Lei Complementar n. 10.098, de 03 de fevereiro de 1994".
WANDERLEY SOARES
Um projeto coloca um jato de água fria - não gelada - em planos mais imediatos daqueles que ambicionam os postos mais elevados.
Aqui da minha torre, acompanho sem perplexidade a ritualística dança das cadeiras nos organismos da segurança pública, como é a que está sendo prevista na Brigada Militar nos próximos cinco meses. Ocorre que a mudança na cúpula, inevitavelmente, provoca um traumático efeito cascata, pois novas cabeças correspondem a novos planos. No caso atual na Brigada, o governador Tarso Genro, por força de aposentadorias compulsórias, poderá perder oficiais de sua máxima confiança não só pela competência profissional, mas por serem homens de sua seara partidária. No entanto, Tarso, mesmo tendo à sua disposição oficiais petistas igualmente competentes, a dança das cadeiras pode mudar de ritmo o que até agora foi realizado, além de frustrar algumas carreiras de forma irreversível. Uma das formas de equacionar esta situação é a de deixar, por algum tempo, tudo ou quase tudo como agora está. Para que isso venha ser possível, há um projeto de lei do Executivo que, se aprovado, praticamente eliminará os termos atuais da aposentadoria compulsória para quem exerce determinados postos. Consagrado tal projeto, haverá um largo tempo para o Piratini equacionar as mudanças. Sigam-me.
Interesse público
Eis o projeto que será paciente de múltiplas interpretações: "Art. 1. O art. 106 da Lei Complementar n. 10.990, de 18 de agosto de 1997, fica acrescido do parágrafo terceiro, com a seguinte redação: § 3 A transferência para reserva remunerada ?ex officio' de Oficiais que estejam no posto de Comando ou Chefia, ocupando as funções de Comandante-Geral da Brigada Militar, Subcomandante-Geral da Brigada Militar, Comandos de Fronteira e Unidades de Difícil acesso, Secretário Chefe da Casa Militar ou que estejam na situação de agregados em exercício de funções em Secretarias de Estado, poderá ser adiada, por conveniência do interesse público, por ato do governador do Estado do Rio Grande do Sul, aplicando-se neste caso o disposto nos artigos 158, inciso II, e 114, ?caput', da Lei Complementar n. 10.098, de 03 de fevereiro de 1994".
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
SOLIDARIEDADE POLICIAL MILITAR
ZERO HORA 19/09/2012 | 14h52
Solidariedade em meio ao caos
Policial Militar abriga famílias e resgata crianças em meio ao temporal em Porto Lucena
Cláudio Matos, 43 anos, recebeu na própria casa vizinhos que tiveram residências destruídas pela tempestade
Sargento da Brigada Militar também sofreu com avarias no próprio terreno
Foto:
Fernando Gomes / Agencia RBS
Marcelo Gonzatto, enviado a Porto Lucena
Em meio ao temporal que destruiu casas, arrancou árvores e derrubou postes na pequena Porto Lucena,
no Noroeste, um sargento da Brigada Militar transformou a própria
residência em abrigo improvisado para os vizinhos. Cláudio Matos, 43
anos, recebeu outras três famílias que ficariam a noite inteira
desabrigadas após observarem suas moradias serem destelhadas pela força
do vento e do granizo.
Não bastasse a solidariedade, durante a tempestade, o PM deixou sua casa e resgatou duas crianças na residência que fica em frente. Voltou com uma em cada braço, sãs e salvas.
— Parecia que o mundo estava vindo abaixo. As crianças choravam muito e eu tentava acalmá-las — relata Matos.
Para manter a própria família a salvo — mulher e três filhos de 3, 5 e 10 anos —, manteve-os embaixo de uma mesa para evitar o risco de ferimentos caso o teto desabasse ou alguma pedra de gelo atravessasse o forro.
Ao longo desta quarta-feira, já sem chuva, a população da cidade calcula os prejuízos. A prefeitura sofreu diversas avarias, conforme contou pela manhã à Rádio Gaúcha o prefeito Leo Miguel Weschenfelder.
Praticamente todos os 5,3 mil moradores da cidade estão envolvidos com a instalação de lonas, limpeza das casas e recuperação de móveis. As escolas suspenderam as aulas.
Não bastasse a solidariedade, durante a tempestade, o PM deixou sua casa e resgatou duas crianças na residência que fica em frente. Voltou com uma em cada braço, sãs e salvas.
— Parecia que o mundo estava vindo abaixo. As crianças choravam muito e eu tentava acalmá-las — relata Matos.
Para manter a própria família a salvo — mulher e três filhos de 3, 5 e 10 anos —, manteve-os embaixo de uma mesa para evitar o risco de ferimentos caso o teto desabasse ou alguma pedra de gelo atravessasse o forro.
Ao longo desta quarta-feira, já sem chuva, a população da cidade calcula os prejuízos. A prefeitura sofreu diversas avarias, conforme contou pela manhã à Rádio Gaúcha o prefeito Leo Miguel Weschenfelder.
Praticamente todos os 5,3 mil moradores da cidade estão envolvidos com a instalação de lonas, limpeza das casas e recuperação de móveis. As escolas suspenderam as aulas.
BRASIL REJEITA ACABAR COM A POLÍCIA MILITAR
ZERO HORA 19 de setembro de 2012 | N° 17197
PROPOSTA DA ONU
Para PMs, houve equívoco na tradução de texto com a recomendaçãoSob o argumento de que fere a Constituição, o Brasil rejeitou ontem proposta apresentada na Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com a Polícia Militar. De uma lista de 170 itens sobre políticas de direitos humanos, a recomendação foi a única negada.
Otexto é uma compilação de sugestões de diferentes países, incorporadas pelas Nações Unidas. Segundo o documento entregue pelo Brasil, publicado ontem no site da ONU, Brasília rejeitou a ideia da Dinamarca para “trabalhar na direção de abolir o sistema separado de Polícia Militar”. Durante a reunião de maio, em Genebra, países europeus criticaram a violência usada pela Polícia Militar e apontaram a preocupação em relação aos números de mortes em operações. A resposta foi clara. “A recomendação não tem o apoio do Brasil, diante da Constituição, que prevê a existência de forças policiais militares e civis”, indica o documento. “Forças policiais civis são responsáveis pelo trabalho de polícia judiciária e pela investigação de ofensas criminais, salvo ofensas militares. Forças policiais militares são responsáveis pelo policiamento ostensivo e pela preservação da ordem pública”, completou.
O governo indicou que está adotando medidas para melhorar o controle sobre os policiais, como a criação de um ombudsman. Também estariam treinando de forma permanente os policiais em termos de direitos humanos.
Nos últimos anos, organismos da ONU criticaram as mortes ocorridas no Brasil por parte das forças de ordem e apontaram o fenômeno como uma das principais violações de Direitos Humanos no país. Realizado a cada quatro anos, o evento em que o documento foi apresentado serve para sabatinar governos sobre políticas de direitos humanos.
Amanhã, após avaliação das sugestões, o governo brasileiro volta à tribuna do Conselho de Direitos Humanos para informar aos membros quais medidas aceitou. Em quatro anos, a ideia é que as propostas aceitas pelo Brasil sejam reavaliadas pelos demais governos, que cobraram a aplicação das recomendações.
Para o Conselho Nacional do Comando de Comandantes-gerais das Polícias Militares, o documento da ONU não sugeriu o fim das polícias militares. Na visão dos conselheiros, houve equívocos na tradução.
– O que se sugeriu foram medidas para acabar com a violência extralegal praticada por grupos de extermínio – argumenta o coronel Atair Derner Filho, secretário-geral do Conselho.
BM TREINA 2.571 NOVOS SOLDADOS
ZERO HORA 19/09/2012 | 05h18
Formatura dos PMs está prevista para abril, quando serão integrados às tropas na Capital e Interior
A Brigada Militar (BM) iniciou esta semana um novo ciclo visando suprir carências de pessoal e enfrentar com mais eficiência a criminalidade.
Desde segunda-feira, 2.571 recrutas estão em sala de aula, em curso de preparação para soldado da corporação. Os novos PMs deverão se incorporar às tropas em abril de 2013.
Os alunos foram selecionados em um concurso realizado em 2010, do qual participaram 30 mil. Inicialmente, seriam chamados os primeiros 2 mil colocados, mas o governador Tarso Genro autorizou a convocação de todos os aprovados nas provas, somando 2.571 candidatos.
— É um incremento importante. Um ganho considerável na segurança pública para a sociedade gaúcha — afirma o coronel Altair de Freitas Cunha, subcomandante-geral da BM.
Dos 2.571 alunos, 620 farão curso para bombeiro, e o restante será preparado para atuar no policiamento ostensivo. A maioria deles – 1,1 mil – deve ser incorporada aos batalhões de cidades localizadas no eixo Porto Alegre-Caxias do Sul, por ser a região com maior densidade demográfica e com os mais altos índices de criminalidade no Estado.
Para a formação dessas turmas, a corporação resgatou uma prática antiga: os alunos farão o curso em quartéis da BM na região onde deverão trabalhar. Eles estão alojados em batalhões da BM em 16 municípios.
— A realização do curso na região onde o aluno irá atuar acrescenta o ambiente na formação dele, o que é muito importante para um policial — observou o coronel Uilson Miranda Amaral, diretor de ensino da BM.
O curso tem um total de 1,3 mil horas e é dividido em ciclos e composto por 36 disciplinas, que vão desde ciências humanas às técnicas policiais. As aulas são ministradas por instrutores formados pela própria corporação.
— Fizemos um planejamento minucioso para o curso. Por exemplo: tínhamos carência de profissionais de defesa pessoal e tiro. Na semana passada, formamos 20 instrutores de defesa pessoal e outros 25 em tiro — informou Miranda.
Contingente em treinamento corresponde a 10% do efetivo
Para completar todo o currículo até 21 de abril, data prevista para a formatura dos novos soldados, serão 10 horas de aula por dia, em dois turnos. A BM sabe que nem todos os alunos costumam suportar essa carga de treinamento.
A expectativa é que de até 10% deles desistam das aulas por falta de aptidão ou vocação para o trabalho, percentual considerado dento do esperado. Ao começar o curso, os alunos recebem salário inicial de soldado, que é de R$ 1.539.93, brutos.
O contingente em preparação significa 10% do efetivo da BM, que beira 22 mil policiais e perde, em média, entre 800 e 1 mil PMs por ano, a maioria por causa das aposentadorias. Conforme o presidente da Associação dos Servidores de Nível Médio da BM, Leonel Lucas, o ideal seria 36 mil PMs. Mas aplaude a incorporação dos novos efetivos.
— Temos várias cidades no Interior onde há apenas um brigadiano. Agora, pelo menos, acreditamos que irá ganhar uma companhia — afirma Lucas.
AJUDA NO TEMPORAL: BOMBEIROS E INDIO DE BOTE QUE VIROU SÃO ENCONTRADOS COM VIDA
ZERO HORA ONLINE, 19/09/2012 | 07h19
Bombeiros e índio que haviam desaparecido em arroio são encontrados com vida
Trio teria passado a noite agarrado a galhos de árvores no Arroio Capivari
Resgate ocorreu por volta das 6h
Foto:
Bruno Alencastro / Agencia RBS
Eles teriam sido localizados por colegas do município de Guaíba e mergulhadores de Porto Alegre. O trio teria passado a noite preso em árvores e foi resgatado por meio de cordas. Os três passam bem.
Os três ajudavam no resgate dos integrantes da tribo indígena, que foi ilhada pelas águas do Arroio Capivari, às margens da BR-116, em Barra do Ribeiro. O bote em que estavam teria virado por volta das 22h30min de ontem. Portanto, ficaram quase oito horas esperando por ajuda.
Conforme relatos do repórter Paulo Ledur, da RBS TV, o indígena era o mais assustado, pois não saberia nadar e estava sem colete salva-vidas. A primeira atitude dos dois bombeiros, após caírem na água, teria sido manter o indígena na superfície.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
CAMPEÃO PARALÍMPICO DE ESGRIMA FORJADO NA BM
ZERO HORA Recepção calorosa 11/09/2012 | 13h42
Campeão paralímpico, esgrimista Jovane Guissone é recebido com festa na Capital. Atleta paralímpico conquistou a primeira medalha de ouro na esgrima da história do Brasil
Jovane celebrou retorno ao Brasil com medalha de ouro no peitoFoto: Diego Vara/Agência RBS
Jones Lopes Silva
Com uma recepção de campeão de futebol, o atleta paralímpico, medalha de ouro na esgrima nos Jogos de Londres, Jovane Guissone chegou pouco depois das 11h ao Salgado Filho. O saguão do aeroporto, que está familiarizado com pompa a jogadores de futebol, vôlei e judocas, agora recebeu Jovane, 29 anos, e inaugurou as homenagens a esgrimistas.
Sua medalha é a primeira conquistada no esporte por um brasileiro em Jogos Paralímpicos, o que é uma façanha para o gaúcho morador de Esteio, mas de raízes na região de Barros Cassal, a cinco horas de Porto Alegre.
— Viva o Brasil, viva o Brasil! — exclamou ele, ao surgir no portão de desembarque com o ouro no peito e a cadeira de rodas.
Cadeirantes que treinam com Jovane no Grêmio Náutico União, amigos, parentes, a mulher Queli, o filho Jovane Júnior, bebê de um ano, e a filha Amanda, de 11 anos, todos o aguardavam com faixas de boas-vindas.
— Este é o meu país — gritou, como se estivesse com saudade depois de 40 dias fora do país pela disputa do torneio paralímpico.
Do aeroporto, Jovane saiu no caminhão do Corpo de Bombeiros em direção ao Quartel General (QG) da Brigada Militar no centro de Porto Alegre. Foi no ginásio de BM que o atleta se preparou para a última conquista. Após a homenagem na Brigada, Jovane será recebido na Prefeitura de Esteio. Só depois seguirá para casa. Os parentes de Barros Cassal o esperam para lembrar dos tempos em que Jovane vivia na cidade.
No final de 2004, Jovane perdeu os movimentos das pernas ao levar um tiro em assalto em Canoas. Depois de um ano em recuperação, praticou basquete sobre cadeiras de rodas até mudar para a esgrima. Desde o final de 2007, compete no esporte que hoje o consagra.
— Eu sempre sonhei alto, mas vendo isso agora, tudo parece ainda maior — concluiu.
Campeão paralímpico, esgrimista Jovane Guissone é recebido com festa na Capital. Atleta paralímpico conquistou a primeira medalha de ouro na esgrima da história do Brasil
Jovane celebrou retorno ao Brasil com medalha de ouro no peitoFoto: Diego Vara/Agência RBS
Jones Lopes Silva
Com uma recepção de campeão de futebol, o atleta paralímpico, medalha de ouro na esgrima nos Jogos de Londres, Jovane Guissone chegou pouco depois das 11h ao Salgado Filho. O saguão do aeroporto, que está familiarizado com pompa a jogadores de futebol, vôlei e judocas, agora recebeu Jovane, 29 anos, e inaugurou as homenagens a esgrimistas.
Sua medalha é a primeira conquistada no esporte por um brasileiro em Jogos Paralímpicos, o que é uma façanha para o gaúcho morador de Esteio, mas de raízes na região de Barros Cassal, a cinco horas de Porto Alegre.
— Viva o Brasil, viva o Brasil! — exclamou ele, ao surgir no portão de desembarque com o ouro no peito e a cadeira de rodas.
Cadeirantes que treinam com Jovane no Grêmio Náutico União, amigos, parentes, a mulher Queli, o filho Jovane Júnior, bebê de um ano, e a filha Amanda, de 11 anos, todos o aguardavam com faixas de boas-vindas.
— Este é o meu país — gritou, como se estivesse com saudade depois de 40 dias fora do país pela disputa do torneio paralímpico.
Do aeroporto, Jovane saiu no caminhão do Corpo de Bombeiros em direção ao Quartel General (QG) da Brigada Militar no centro de Porto Alegre. Foi no ginásio de BM que o atleta se preparou para a última conquista. Após a homenagem na Brigada, Jovane será recebido na Prefeitura de Esteio. Só depois seguirá para casa. Os parentes de Barros Cassal o esperam para lembrar dos tempos em que Jovane vivia na cidade.
No final de 2004, Jovane perdeu os movimentos das pernas ao levar um tiro em assalto em Canoas. Depois de um ano em recuperação, praticou basquete sobre cadeiras de rodas até mudar para a esgrima. Desde o final de 2007, compete no esporte que hoje o consagra.
— Eu sempre sonhei alto, mas vendo isso agora, tudo parece ainda maior — concluiu.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
PRINCESA DE FARDA, COTURNO E COLDRE
ZERO HORA 10 de setembro de 2012 | N° 17188
VIDA DUPLA. Joana Frantz, soberana da Oktoberfest, é policial em Santa Cruz do Sul
VANESSA KANNENBERG | Santa Cruz do Sul/Casa Zero Hora
Há 32 dias do início da Oktoberfest de Santa Cruz do Sul, Joana Aline Frantz se divide entre o salto alto e o coturno. De dia ela é policial militar e, à noite e aos finais de semana, troca a farda e a pistola calibre .40 pelo vestido rosa, o salto alto e a coroa para se tornar a princesa na corte da festa.
– Estou vivendo dois extremos. Tenho que ser firme e séria, e em seguida, graciosa e meiga – conta.
Aos 23 anos, a estudante de Direito atua há três na 2ª companhia do 23º Batalhão de Polícia Militar. A profissão era um plano que acalentava desde a infância:
– Morei minha vida inteira em frente ao batalhão.
Sem dispensar a maquiagem, atende ocorrências nas ruas. Conta que já passou por momentos de tensão e teve medo de perder a vida, como durante um assalto com tiros.
Desde julho, a loira de 1m63cm acumula a função de princesa da Oktoberfest, ao lado da rainha Thainã D’Ávila dos Santos e da outra princesa, Rosimere Beatriz Voos.
– Eu sempre sonhei em ser soberana da Oktoberfest. Acho que divulgar a cidade é um trabalho muito legal, além de poder receber o carinho especial das pessoas. Alguns me reconhecem até mesmo quando estou fardada – diz Joana.
BM está orgulhosa da atuação da princesa
O fato de a soldado ser princesa é motivo de orgulho para a Brigada Militar. Conforme o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO) do Vale do Rio Pardo, coronel Edson Chaves Brendler, não há nenhum empecilho em uma policial participar do concurso. Joana teve apenas que pedir uma autorização verbal. Brendler garante que a funcionária consegue encaixar os horários e, durante a festa, vai tirar férias.
A opinião é a mesma do presidente da 28ª Oktoberfest, e Feirasul, Ênio Wermuth:
– Muitas vezes, as pessoas perguntam a profissão dela e se surpreendem positivamente com a resposta.
Joana é a única loira na corte da 28ª Oktoberfest. Os cabelos escuros de Thainã e Rosimere já não provocam estranheza entre os moradores de Santa Cruz do Sul. Em 2010, quando uma morena foi eleita rainha, o fato gerou polêmica no município de colonização germânica. No ano passado, novamente uma menina de cabelos escuros se tornou rainha.
sábado, 1 de setembro de 2012
TREINANDO PARA A COPA 2014
ZERO HORA 01 de setembro de 2012 | N° 17179
PREPARAÇÃO POLICIAL
Capital terá espaço para adestramento de cavalos que atuarão no Mundial.
Segunda-feira, às 18h30min, será inaugurado o Centro de Treinamento de Policiamento Montado, no 4º Regimento de Polícia Montada (4º RPMon) da Brigada Militar, na Capital. Na mesma noite, serão apresentados 22 novos cavalos recebidos pelo regimento no início do ano e adestrados no centro.Por ali passará toda a preparação de animais e policiais que reforçarão a segurança na Copa do Mundo de 2014.
Entre areia e obstáculos, homem e bicho se aproximam, em uma relação de confiança mútua.
– O instinto do cavalo é fugir, esse animal é caça, não caçador. Assim, precisa confiar no cavaleiro – explica o tenente-coronel Solon Beresford, comandante do 4º RPMon.
A estrutura, construída com recursos do Festival Hípico Noturno, realizado pelo próprio regimento, e parcerias com a iniciativa privada, é composta por um picadeiro coberto, uma pista que simula o ambiente externo e as baias dos animais. Cada um dos 40 policiais do regimento é vinculado a um único cavalo, vindo aos três anos do criadouro da BM em Santa Maria. Em setembro, outros 90 soldados começam a ser preparados para trabalhar no policiamento a partir de abril de 2013. A meta é contar com 200 policiais montados até 2014.
Os cavalos do regimento são da raça brasileiro de hipismo que, segundo o comandante, foi escolhida devido ao porte avantajado, à inteligência e à docilidade características.
– Com seis meses de adestramento, esses cavalos podem ir para as ruas auxiliar no policiamento – diz Beresford.
O Centro deve ficar como um legado da Copa na Capital e servirá, também, para treinar polícias montadas de outros Estados, por meio de um convênio assinado pela Brigada com o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
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