FABIANE CHAVES
Ela no comando da tropa
Há 19 anos na carreira militar, a sargento Fabiane mostra que por trás da farda existe uma mulher batalhadora, guerreira e que leva a profissão a sério, não tem medo de enfrentar as ruas e quebrar paradigmas
Redação Passo Fundo / DM
A voz rouca de fala firme exige disciplina aos soldados que estão sob seu comando e por trás do fardamento, do cabelo preso na boina se esconde a mulher, que de frágil não tem nada, ao contrário, é determinada, perseverante e lutadora, que não tem medo das ruas e se mostra uma apaixonada pela profissão, mas não deixa de lado as manias de toda a mulher.
Por poucos instantes pude acompanhar as ordens da 1ª Sargento da Brigada Militar, no comando de quase 60 alunos do curso da Brigada Militar, passando ordens e ensinamentos, postura firme e cada detalhe que não pode falhar durante uma operação. Quando indagada sobre a postura durona, ela logo contesta: “Durona não, eu sou militar”, explica.
Carreira militar
Fabiane Chaves é a filha mais velha de três irmãs, gosta de esportes radicais, de viajar, fazer compras e principalmente trabalhar. Ocupando o cargo de sargento, ela começou na carreira militar há 19 anos, quando tinha apenas 18, e assim segue até hoje, se declarando apaixonada pela profissão que escolheu. Separada há dois anos e sem filhos, Fabiane gosta de curtir a vida. "Não deixes que a tristeza do passado e o medo do futuro te estraguem a alegria do presente", diz a frase que define sua personalidade no perfil de uma rede social.
(Sargento Fabiane: os olhos castanhos brilham ao falar da profissão / FOTO ALESSANDRA PASINATO)
A Sargento Fabiane tem muita história para contar e já atuou em diversos locais, Porto Alegre, Caxias do Sul, Gramado, Canela, Charqueadas, além de Passo Fundo na área de inteligência, no Regimento e no Batalhão de Operações Especiais, o que, segundo ela, oportunizaram muita experiência. Os olhos castanhos brilham ao falar da profissão, que ao invés de roupas finas usa uma “armadura” de uniforme. “A farda é o meu uniforme, a minha uma armadura e nela me sinto bem. Gosto de andar fardada, amo minha profissão”, declara a sargento.
Por trás da farda
Mas pelo jeito o amor não está só na profissão, o coração também anda apaixonado. Sem dar mais detalhes e com um sorriso largo no rosto, Fabiane conta que é caseira, não sai muito e tem muitos amigos, inclusive vários deles em comum com o trabalho na Brigada Militar. Gosta de frequentar bares, faz rapel, natação e jogar vôlei. Com uma vida agitada devido ao trabalho, quando tem folga ela prefere fazer as coisas que mais gosta, inclusive faxinar a casa.
Como toda a mulher, ela também adora comprar roupas e perfumes, faz as unhas semanalmente, vai ao salão de beleza cuidar do cabelo, ao supermercado fazer compras e sempre mantendo uma alimentação saudável, com frutas, verduras e cereais para manter o corpo em forma. Sapatos também estão na lista de compras, mas com 1,80 metros, a preferência fica longe dos saltos altos. Para ele, ser mulher é um dom de Deus, por que às mulheres cabe o dom de gerar a vida e dar continuidade a humanidade.
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