sábado, 17 de setembro de 2011

A VOLTA DOS ABAS LARGAS II


A divulgação em Zero Hora (27/07/2011) do Projeto de restauração do raro longa-metragem Os Abas largas, uma produção Paulo Amaral, dono da Lupa Filmes com sede no Rio de Janeiro, rodado em 1962 em Santa Maria e Itaara, na fazenda Philipson, que teve o apoio total da Brigada Militar e envolveu pessoalmente o então Capitão Oriovaldo Vargas e Tenente Oritz, serviu para trazer a tona a importância dos brigadianos na vida da sociedade gaúcha.

A ideia da restauração estimulou a vontade deste blogueiro e autor de livros técnicos a buscar histórias destes legendários homens da Brigada Militar e colocá-las numa obra capaz de homenagear e honrar estes bravos que viveram uma época difícil, de transição, quando a corporação recém saia da fase guerreira para assumir tarefas de policiamento.

Conforme a reportagem, "desde 2004, Therezinha Pires Santos, a viúva do ator santa-mariense Edmundo Cardoso, e Gilda Cardoso Santos, filha dele, começaram a batalhar pela recuperação do filme. Hoje, a equipe pró-restauração de Os Abas Largas conta também com o comandante do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon), coronel Wladimir Comassetto, a especialista em museologia do Centro Histórico Coronel Pillar (CHCP), Giane Escobar, a coordenadora do arquivo do CHCP, Maria Candida Skrebsky, e a produtora do Santa Maria Vídeo e Cinema, Juliane Fossatti."

O mais importante desta iniciativa é que o longa faz 50 anos e o 1º RPMon completa 120 anos. O 1º RPMon é a unidade da Brigada Militar onde foi aplicada a estrutura de Policia Rural Montada no RS, adotando o uso de chapéus de abas largas e uniforme padrão da Polícia Montada do Canadá, com as cores cáqui da corporação.

OS ABAS LARGAS

" Ator e teatrólogo, Edmundo Cardoso (1917 – 2002) é conhecido dos santa-marienses graças a curtas e documentários sobre a cidade. Os Abas Largas é o único longa em que ele pode ser visto – se a restauração der certo. No filme, o ator comanda o grupo dos ladrões de gado que é perseguido pelos policiais. O papel de mocinha do filme ficou com Irene Kowalczyck, que adotou o sobrenome artístico Kowak. Ela morava em Porto Alegre e era a vencedora do concurso de Mais Bela Comerciária em 1961. Desbancou uma atriz carioca que já estava escalada quando um produtor viu sua foto e a achou parecida com Elizabeth Taylor. O mocinho da trama foi o galã Sérgio Roberto." Trabalhou no filme, o conhecido poeta tradicionalista Dimas Costas que fazia o papel de sargento.

O interessante é que o ator Sérgio Roberto que interpreta Florêncio (galã e o mocinho, era um dos policiais conhecidos como Abas Largas) mora em Porto Alegre e fez contato comigo. Conversamos animadamente no Café do Porto, ali na Rua Padre Chagas, um ponto chique da capital. Ele contou as histórias dos bastidores da filmagem e das pessoas envolvidas que ajudavam de forma voluntária, animando ainda mais a minha curiosidade.

As fotos desta postagem foram cedidas por ele.




Na foto abaixo, o Prefeito Loureiro da Silva, o ator Sérgio Roberto e o Produtor Paulo Amaral, da Lupa Filmes do Rio de Janeiro

3 comentários:

Unknown disse...

À época eu quase participei do filme, haja vista que meu irmão, o acordeonista Brasil Bueno, unto com seu parceiro musical, Getúlio Ferreira de Melo, fizeram a parte musical que foi rodada no CTG Tropeiros de Nonoai. Durante anos, procurei notícias sobre o filme, porém, só agora, encontrei alguma publicação. À época, lembro que fizeram parte do elenco, Dimas Costa, Nina Gualdi e Jorge Karan, entre outros.

claudemir stedile fragoso disse...

Claudemir S. Fragoso A tempos que procuro meios de fazer uma homenagem a meu pai, Pedro Rodrigues Fragoso, o ¨cabo Biá ¨da revista Abas Largas. Em 2018 fez 20 anos de seu falecimento e como no velório e enterro em Setembro de 1988 quase que não vi PMs presente ou amigos do seu tempo, isso me deixou muitíssimo decepcionado. Um policial digno da farda super bem conceituado no 1° RPMont, sempre bem apresentável, botas, esporas e a farda sempre bem ¨traquejado¨como diziam na época e que recebeu tantos ¨elogios ¨por parte de seus superiores e comandantes teve um enterro como um cidadão qualquer. Meu pai, Cb Biá ( fragoso nome de guerra ) e 2° Sgt Cunha (Portela nome de guerra) viajaram para as grandes capitais para promover o lançamento da Revista Abas Largas. Guardo comigo recortes de jornais e fotografias dessa viajem. Se puderem me ajudar a fazer essa homenagem podem me contatar. 07/02/2019

claudemir stedile fragoso disse...

Claudemir S. Fragoso A tempos que procuro meios de fazer uma homenagem a meu pai, Pedro Rodrigues Fragoso, o ¨cabo Biá ¨da revista Abas Largas. Em 2018 fez 20 anos de seu falecimento e como no velório e enterro em Setembro de 1988 quase que não vi PMs presente ou amigos do seu tempo, isso me deixou muitíssimo decepcionado. Um policial digno da farda super bem conceituado no 1° RPMont, sempre bem apresentável, botas, esporas e a farda sempre bem ¨traquejado¨como diziam na época e que recebeu tantos ¨elogios ¨por parte de seus superiores e comandantes teve um enterro como um cidadão qualquer. Meu pai, Cb Biá ( fragoso nome de guerra ) e 2° Sgt Cunha (Portela nome de guerra) viajaram para as grandes capitais para promover o lançamento da Revista Abas Largas. Guardo comigo recortes de jornais e fotografias dessa viajem. Se puderem me ajudar a fazer essa homenagem podem me contatar. 07/02/2019