Militar Estadual, Centauro da Força Pública, Guerreiro nas Revoluções, Protetor Ambiental, Agente de Saúde, Policial Estadual e integrante da Lendária Brigada Militar do Estado Rio Grande do Sul - Este é o Brigadiano(a)- homens e mulheres a serviço da lei, da justiça, da ordem, do direito, do Povo Gaúcho e da Grande Nação Brasileira
domingo, 25 de setembro de 2011
BATALHÃO ÁEREO DA BM AMPLIA AÇÕES
CORREIO DO POVO, 25/09/2011
No mês em que completou 22 anos, o Batalhão de Aviação da Brigada Militar (BAv-BM) parte para mais uma empreitada. A unidade está se estruturando para abrir mais uma base no interior do Estado. O novo local ficará dentro da Base Aérea de Santa Maria e vem juntar-se às unidades de Caxias do Sul, Uruguaiana e da Capital. A nova unidade deve ser inaugurada até o final do ano e deverá incrementar as ações de segurança aérea, em especial durante a Copa 2014, quando Porto Alegre será um das cidades-sede. Atualmente, o BAv-BM dispõe de 11 aviões e quatro helicópteros.
A história do batalhão começa bem antes de sua efetiva criação. Em 6 de agosto de 1915, o então comandante-geral da BM, coronel Affonso Emílio Massot, propôs ao presidente do RS, Borges de Medeiros, a criação de uma escola de aviação. Medeiros não aceitou a ideia, alegando que o assunto era da alçada do Ministério da Guerra. Oito anos depois, o Estado enfrenta o movimento revolucionário de Assis Brasil, e Massot reapresenta o projeto, saindo vitorioso. Em 28 de maio de 1923 é regulamento o serviço de aviação da Brigada Militar.
A unidade começa a funcionar no Posto Veterinário, na Várzea do Gravataí, onde atualmente está localizado o Aeroporto Internacional Salgado Filho, no mesmo local onde, atualmente, está a sede do Batalhão de Aviação da BM. Foram adquiridos dois aviões de fabricação francesa, Breguets 14, de 300 HP, de segunda mão. "Era um tempo heroico, cujo voo era feito sem instrumentos, apenas no visual", diz o ex-comandante-geral da BM coronel da reserva Jerônimo Braga. "Essa unidade foi usada mais para guerra, cuja missão era observar o movimento das tropas revolucionárias."
Para pilotar os aviões foi contratado o ex-sargento do Exército Noêmio Ferraz, que hoje empresta o seu nome para a maior honraria do Batalhão de Aviação da BM. O copiloto era Osório Oliveira Antunes. Os aparelhos tiveram a identificação BM-1 e BM-2. Hoje, a designação dos aparelhos é Guapo, em homenagem a esses dois pioneiros.
O primeiro voo aconteceu em 30 de maio de 1923. Quatro meses depois, em 9 de agosto do mesmo ano ocorre um acidente fatal, onde morre Osório. O batalhão só volta a funcionar em 22 de setembro de 1989.
PMs têm treinamento no Litoral
Passados 88 anos do primeiro voo da Força Aérea Gaúcha, os policiais militares que querem integrar o BAv-BM passam por formação específica, no Centro de Formação Aeropolicial, em Capão da Canoa.
Segundo o capitão Marcos Marques Teixeira, um dos alunos do curso de Piloto de Helicóptero, a primeira etapa é o nivelamento teórico, realizado de março a junho. Depois, os aspirantes enfrentam prova na Agência Nacional de Aviação Civil e inspeção de saúde na Aeronáutica. Os 13 capitães participantes do curso iniciaram o período básico da prática de pilotagem. "Nesta fase, temos de cumprir o mínimo de 35 horas de voo para conseguirmos a habilitação de Piloto Privado. Após, passamos por novas provas na Anac e mais 135 horas de voo para podermos trabalhar como segundo piloto."
Quanto à pilotagem, Teixeira conta que exige muita coordenação motora e sensibilidade nos comandos, pois as reações são diferentes das de um carro. O tempo de resposta no helicóptero é mais demorado, fazendo com que o aluno que não conheça o aparelho empregue força desnecessária, o que pode deixar o voo instável. O vento, que, no Litoral Norte é forte, pode complicar o voo. "Atualmente iniciamos o treinamento de procedimentos de emergência", conta. "Poder controlar a máquina para qualquer direção dá uma sensação imensa de liberdade", concluiu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário