Militar Estadual, Centauro da Força Pública, Guerreiro nas Revoluções, Protetor Ambiental, Agente de Saúde, Policial Estadual e integrante da Lendária Brigada Militar do Estado Rio Grande do Sul - Este é o Brigadiano(a)- homens e mulheres a serviço da lei, da justiça, da ordem, do direito, do Povo Gaúcho e da Grande Nação Brasileira
domingo, 29 de maio de 2011
A MORTE DO BRIGADIANO
DIMAS COSTA - "50 anos de poesia - antologia poética" - Martins Livreiro Editor. 1997
Houve o tempo em que a "folha"
era a arma respeitada,
pois assim era chamada
a espada do brigadiano.
E nas pendengas do pago,
quando a indiada se atracava,
muitas vezes ele cantava
no lombo de algum paisano.
E ele era desse tempo,
cabo velho e veterano.
Curtiu muito desengano
como praça da "Milícia'.
Mas teve um dom já de berço:
mostrando desde menino,
que Deus lhe dera um destino,
nasceu para ser polícia!
Pequenito já brincava
nas guardas da molecada;
fez uma farda inventada
com uns trapos velhos de brim.
Duma tala de coqueiro
fez sua primeira espada
e organizou com a gurizada
uma brigada mirim.
Quando fez 18 anos foi cumprir a sua sina:
entrou pra "Guarda Assassina",
como era, então, chamada.
E que orgulho sentiu
quando alcançou o que sonhara,
no dia que lhe entregaram
uma farda desbotada!
E seguiu a vida afora
marcheteado com a sorte.
Cruzou ferro com a morte
em muita pegada feia.
Empunha a lei com bravura,
brincando até com o perigo, e
levou muito inimigo
para o fundo da cadeia!
Mas era bom e honesto,
embora pobre e judiado!
Vivia sempre apertado
com o magro soldo de então.
Sonhava, às vezes sorrindo,
apenas por puro afeto,
pois jamais, analfabeto,
chegaria a Capitão.
E como foi massacrado
nos tempos do preconceito!
Ser brigada era defeito
que pesava como um mal!
Pois todo o índio polícia
era, sim, considerado,
como indivíduo afastado
do meio ambiente social.
E um dia juntou os trapos
com uma moça brasileira.
Gaúcha bem verdadeira,
mulher pobre, honesta e boa!
Que sofreu resignada
daquele tempo a malícia,
quando a mulher de polícia
era chamada de à toa"
Mas enfrentaram o destino
unidos num amor profundo!
E peleando com o mundo,
foram passando os anos.
Eram bons, eram benquistos,
entre vizinhos e amigos,
e tinham poucos inimigos,
apesar de brigadianos.
Já estavam quase aos quarenta
quando Deus lhes deu um filho.
Trazendo um novo brilho
para o lar entristecido.
Mas o velho brigadiano
era um exemplo de bom;
pois Deus lhe dera o dom:
ser bom pai e bom marido!
Foi num dia em que o filho
estava cumprindo anos.
Os pais, garbosos, ufanos,
estavam com a alma em festa!
Juntaram uns restos de trocos
do soldo que mal cabia,
para fazer, nesse dia,
uma festinha, modesta...
E quando a mãe fez o bolo,
com uma velinha, enfeitado,
o gurizito, encantado,
dava pulos na cozinha.
É o bolo de aniversário,
dizia a mãe, com carinho,
e os olhos do gurizinho
brilhavam mais que a velinha!
E o cabo velho, sorrindo,
se tocou lá para a venda,
fora buscar a encomenda:
meia dúzia de Gasosa.
E recebendo um abraço,
o brigadiano, faceiro,
com o amigo, o bolicheiro,
ficou tirando uma prosa...
Foi quando entrou no boliche
o mulato "Carniceiro";
um tipo mui bochincheiro,
que já vinha embriagado.
Não gostava de polícia
e ao ver ali o brigadiano,
foi logo puxando pano
pra uma encrenca com o soldado...
Pegou no copo de canha e
disse: bebe milico!
E o Cabo velho, xomico,
que não queria pendenga,
foi saindo de mansinho,
se lembrando do menino,
mas o mulato, assassino,
foi sacando da xerenga ...
Foi tudo tão de repente,
que nem se explica o sentido;
o bandido, enfurecido,
como um louco, o desalmado,
sem que mesmo o bolicheiro
pudesse evitar o mal,
espetou o policial
que caiu ensanguentado!
E à noite, naquele rancho
onde haveria alegria,
uma mãe, triste, se ouvia
chorando, desesperada!
Era a sorte negra e injusta
que quase sempre culmina
a triste e amarga sina
duma mulher de brigada!
E o filho, ainda bobo,
sem compreender a razão,
ao ver o pai, no caixão,
terminando o seu calvário,
batendo palmas, dizia,
- inocente, o pequenito -
"Como papai tá bonito,
festejando o aniversário!"
A BRIGADA É A GENI
Aroldo Medina - Zero Hora 24/04/2008
ZH fez uma reportagem equilibrada sobre moradores de rua abordados pelo 9º BPM. A matéria publicada no dia 18 de abril suscitou manifestação da designer Kátia Ozório classificando o trabalho da Brigada como uma ação equivocada, em artigo veiculado no jornal Zero Hora no dia 19 de abril. A leitura da opinião da designer me fez lembrar da música do Chico Buarque Geni e o Zepelim.
A Brigada atende todo mundo, nas mais diferentes situações. Além do policiamento ostensivo que procura fazer mesmo com pouquíssimas viaturas, brigadianos e brigadianas em número cada vez menor, estas as verdadeiras razões que fazem as pessoas esperarem, atende desde ocorrências policiais até os casos mais inusitados. Faz parto em viaturas quando faltam ambulâncias. A Brigada leva pessoas doentes para os hospitais, não cobra corrida e o paciente que chega ao hospital acompanhado da polícia normalmente é atendido.Requisitada nas emergências, doa sangue aos enfermos. Pega jacaré em quintal. Captura cobra dentro de casa. Vive prendendo bandidos, diariamente, que voltam às ruas na semana seguinte. Socorre pessoas acidentadas. Combate incêndios. Mergulha nas piores condições para procurar afogados. Salva incontáveis vidas nos verões ensolarados. Embrenha-se nos matos procurando desaparecidos. Já dirigiu ônibus e caminhão de lixo em Porto Alegre, em greves das categorias. Participa das Forças da ONU, em missões de paz. Vela seus inúmeros mortos tombados no combate ao crime.
Certa feita, estava de serviço junto ao 190 e uma atendente me passa uma ligação, na qual uma senhora pergunta se posso mandar uma viatura na casa dela para desligar o forninho do seu fogão. A senhora visitava uma amiga na zona norte de Porto Alegre e morava no Lami. Havia esquecido o forninho ligado e deixado a chave da sua casa na vizinha, que não tinha telefone. Mandei a viatura!
Nos arredores de Santa Maria e Itaara chamam a Brigada para atender fenômenos envolvendo discos voadores. No interior de nosso Estado, também chamam a Brigada para caçar "chupa-cabras pampeiros" e outras feras que atacam ou dilaceram animais domésticos. Casa mal assombrada ou algum demônio que rouba o sossego público, ladrões de cemitério, lá também está a Brigada caçando os fantasmas.
Chamar a Brigada para tirar mendigo da rua, é mais uma, entre mil missões em que a BM responde presente. Uma simples leitura do Decreto-Lei 3.688 de 03/10/1941 - Lei das Contravenções Penais, artigos 37, 42, 59, 60, 61, 62 e 68, que tratam de perturbação do sossego alheio, mendicância, vadiagem, embriaguez, ofensa ao pudor, sujeira em lugar de acesso público, recusa de identidade, independentemente dos antecedentes criminais da pessoa abordada, dão amparo legal à BM para atender aos chamados das pessoas importunadas por moradores de rua, que também respeitamos.
Em meus 22 anos de Brigada, só testemunhei a corporação recusar uma "ocorrência". Era Semana da Pátria e alguém resolveu fazer cocô no palanque. Chamaram um soldado da Brigada para limpar. O soldado chegou, olhou para a "evidência" e arrematou com toda calma: "É com o DMLU!" Deu as costas e voltou para o patrulhamento no seu posto.
É por tudo isso que foi inevitável sentir um grande desconforto cultural como policial, ao ler a opinião da dona Kátia Ozório, opinião que me fez lembrar de imediato a letra da música do Chico e de todo o seu contexto, comparando-a com as missões de polícia e reescrevendo-a em minha mente: "Joga pedra na Brigada, Ela é feita pra apanhar, Ela é boa de cuspir, Ela atende qualquer um, Maldita Brigada"!
O USO DA CREDIBILIDADE DO BRIGADIANO
MAIS UMA VEZ, O USO DA CREDIBILIDADE DA BRIGADA MILITAR - Pércio Brasil Álvares
Está nos noticiários: o Ministério Público firmou com o Detran e a Brigada Militar um convênio que estabelece uma parceria de atuação a fim de recolher as carteiras de habilitação (CNH) daqueles condutores infratores que tiveram suspenso o direito de dirigir.
Fico surpreso com a medida porque quando os grandes doutos em matéria de trânsito propugnavam a aprovação de um novo Código de Trânsito para o país (que, afinal, veio a lume em 1997 com a Lei nº 9.503, o denominado Código de Trânsito Brasileiro – CTB), o grande discurso desses tecnocratas era o de que se fazia necessário “despolicializar o sistema” (exatamente assim podia-se ler em muitos jornais da época), com um tom que dava a entender que tínhamos um sistema terceiro-mundista totalmente inadequado ao país, repressivo e autoritário, sabe como é, “herança da ditadura”, etc. etc.
Pois bem, passados alguns anos, parece que a tecnocracia começa a repensar a questão.
Gostaria de lembrar que as Polícias Militares, no contexto do CTB, passaram a ser as “gatas borralheiras” do Sistema Nacional de Trânsito e a previsão da lei é de que as PMs só podem atuar na fiscalização do trânsito se os Estados e Municípios as autorizarem a isso, mediante convênios. Ou seja, só serão autoridades no trânsito, se os últimos degraus do sistema lhes conferir o beneplácito. Foram, verdadeiramente, enxotadas pela porta dos fundos, depois de décadas atuando no trânsito em todos os recantos do país e dando unidade à ação de segurança do sistema...
Pois agora, pasmem, a começar pelo presidente do Detran-RS, todos (inclusive o Ministério Público) saltam em defesa da Brigada Militar proclamando-a agente de trânsito assim credenciada pelo Estado etc. e tal...
Não é que as coisas estão mudando mesmo! Será que está faltando alguma credibilidade ao sistema? Pois parece que esse é o ponto...
Vejamos como são as coisas: esse fato de os brigadianos exercerem autoridade no trânsito, que era um lugar-comum há poucos anos atrás está, agora, tão polemizado que há até grandiloqüentes juristas enxergando intransponíveis inconstitucionalidades nessa empresa em que se vê envolvida a nossa Brigada, deixando entrever, claramente, que o sistema está precisando ter de volta o velho prestígio granjeado pelas instituições de Polícia Militar no contexto do Sistema Nacional de Trânsito, para que se possa encaminhar a resolução de muitos dos problemas que parecem estar no limite de tolerância das autoridades constituídas.
E com os brigadianos é sempre assim: são lembrados na hora em que mais um trabalho precisa ser realizado com eficiência.
Sem entrar no mérito da questão, o episódio está servindo para expor a necessidade de um resgate necessário das Polícias Militares no contexto do Sistema Nacional de Trânsito que, na atualidade, além de ter tomado uma feição verdadeiramente teratológica, está perdido num mar de incoerências e incertezas.
Nesse aspecto talvez seja bom, antes de tudo, procurar saber se o Código de Trânsito adotado no país possui um sistema legal coerente. Basta avaliar, por exemplo, se existe “bis in idem” na aplicação de múltiplas medidas sancionatórias a cada infração praticada, pois a pessoa do infrator primeiramente é multada pela infração, depois recebe uma pontuação negativa (outra medida sancionatória) em seu prontuário de motorista pela mesma infração que já foi sancionada e, depois disso, os pontos relativos a todas as infrações que já foram duplamente sancionadas são novamente valoradas para aplicação de uma terceira medida que também tem natureza de sanção. Não há punição demais para infração de menos aí?...
Os romanos há séculos já diziam: “summum jus, summa injuria” (o excesso de direitos descamba para a injustiça).
Para os brigadianos resta uma doce constatação, apesar de continuarem ganhando muito mal e recebendo cada vez mais trabalho: nada como um dia após o outro!
Está nos noticiários: o Ministério Público firmou com o Detran e a Brigada Militar um convênio que estabelece uma parceria de atuação a fim de recolher as carteiras de habilitação (CNH) daqueles condutores infratores que tiveram suspenso o direito de dirigir.
Fico surpreso com a medida porque quando os grandes doutos em matéria de trânsito propugnavam a aprovação de um novo Código de Trânsito para o país (que, afinal, veio a lume em 1997 com a Lei nº 9.503, o denominado Código de Trânsito Brasileiro – CTB), o grande discurso desses tecnocratas era o de que se fazia necessário “despolicializar o sistema” (exatamente assim podia-se ler em muitos jornais da época), com um tom que dava a entender que tínhamos um sistema terceiro-mundista totalmente inadequado ao país, repressivo e autoritário, sabe como é, “herança da ditadura”, etc. etc.
Pois bem, passados alguns anos, parece que a tecnocracia começa a repensar a questão.
Gostaria de lembrar que as Polícias Militares, no contexto do CTB, passaram a ser as “gatas borralheiras” do Sistema Nacional de Trânsito e a previsão da lei é de que as PMs só podem atuar na fiscalização do trânsito se os Estados e Municípios as autorizarem a isso, mediante convênios. Ou seja, só serão autoridades no trânsito, se os últimos degraus do sistema lhes conferir o beneplácito. Foram, verdadeiramente, enxotadas pela porta dos fundos, depois de décadas atuando no trânsito em todos os recantos do país e dando unidade à ação de segurança do sistema...
Pois agora, pasmem, a começar pelo presidente do Detran-RS, todos (inclusive o Ministério Público) saltam em defesa da Brigada Militar proclamando-a agente de trânsito assim credenciada pelo Estado etc. e tal...
Não é que as coisas estão mudando mesmo! Será que está faltando alguma credibilidade ao sistema? Pois parece que esse é o ponto...
Vejamos como são as coisas: esse fato de os brigadianos exercerem autoridade no trânsito, que era um lugar-comum há poucos anos atrás está, agora, tão polemizado que há até grandiloqüentes juristas enxergando intransponíveis inconstitucionalidades nessa empresa em que se vê envolvida a nossa Brigada, deixando entrever, claramente, que o sistema está precisando ter de volta o velho prestígio granjeado pelas instituições de Polícia Militar no contexto do Sistema Nacional de Trânsito, para que se possa encaminhar a resolução de muitos dos problemas que parecem estar no limite de tolerância das autoridades constituídas.
E com os brigadianos é sempre assim: são lembrados na hora em que mais um trabalho precisa ser realizado com eficiência.
Sem entrar no mérito da questão, o episódio está servindo para expor a necessidade de um resgate necessário das Polícias Militares no contexto do Sistema Nacional de Trânsito que, na atualidade, além de ter tomado uma feição verdadeiramente teratológica, está perdido num mar de incoerências e incertezas.
Nesse aspecto talvez seja bom, antes de tudo, procurar saber se o Código de Trânsito adotado no país possui um sistema legal coerente. Basta avaliar, por exemplo, se existe “bis in idem” na aplicação de múltiplas medidas sancionatórias a cada infração praticada, pois a pessoa do infrator primeiramente é multada pela infração, depois recebe uma pontuação negativa (outra medida sancionatória) em seu prontuário de motorista pela mesma infração que já foi sancionada e, depois disso, os pontos relativos a todas as infrações que já foram duplamente sancionadas são novamente valoradas para aplicação de uma terceira medida que também tem natureza de sanção. Não há punição demais para infração de menos aí?...
Os romanos há séculos já diziam: “summum jus, summa injuria” (o excesso de direitos descamba para a injustiça).
Para os brigadianos resta uma doce constatação, apesar de continuarem ganhando muito mal e recebendo cada vez mais trabalho: nada como um dia após o outro!
sexta-feira, 27 de maio de 2011
O VIGILANTE
NO MUNDO ARTÍSTICO TEIXEIRINHA FOI UM EXEMPLO DE AMOR AO RIO GRANDE DO SUL E NUNCA NEGOU SUA ADMIRAÇÃO PELA BRIGADA MILITAR. PARA HOMENAGEAR A CORPORAÇÃO, COMPÔS LETRA E MÚSICA DE "O VIGILANTE". Portal da LABM - Legião Altiva da Brigada Militar.
VITOR MATEUS TEIXEIRA – TEIXEIRINHA 1974
LÁ VEM VINDO O SENTINELA
QUE O ANTISOCIAL NÃO GOSTA
COM AS MÃOS CRUZADAS NAS COSTAS
VIGILANTE NO SEU POSTO
O SEU REVÓLVER COBERTO
DESCOBERTO O CASSETETI
E A ABA DO CAPACETE
FAZENDO SOMBRA NO ROSTO
ESTRIBILHO
O FARDAMENTO TEM A COR DO SOL
O CAPACETE TEM A COR DA LUA
É O BRIGADIANO CUMPRIDOR DA ORDEM
É O VIGILANTE QUE ANDA NA RUA
É O SENTINELA AVANÇADO
REFORÇO NA RETAGUARDA
E O AMOR QUE TEM NÀ FARDA
ENGRANDECE A NOSSA HISTÓRIA
É O QUERO-QUERO PAMPEANO
LEGENDÁRIO FARROUPILHA
DA CIDADE NA COXILHA
SEMPRE CONQUISTOU VITÓRIA
ESTRIBILHO
VAI EM FRENTE BRIGADIANO
CAVALEIRO DA ESPERANÇA
É O PROTETOR DA CRIANÇA
DEFENSOR DA SOCIEDADE
MUITA HONRA E MUITO BRILHO
TEM A SUA INFANTARIA
TAMBÉM A CAVALARIA
REPONTANDO A LIBERDADE
CASA PRÓPRIA PARA O BRIGADIANO
Começa o 1° Feirão da Casa Própria ABAMF - ABAMF IMPRENSA 25/05/2011
Com o auditório lotado, a Associação dos Servidores de Nível Médio da Brigada Militar (ABAMF-BM) lançou hoje o 1° Feirão da Casa Própria. A ação, voltada para a aquisição de imóveis oferecidos com condições especiais para os policiais militares, é realizada em parceria com o Governo do Estado e a Caixa Econômica Federal, e faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
O governador Tarso Genro prestigiou o lançamento do evento, juntamente com autoridades do primeiro escalão do governo, do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, e do superintendente da Caixa Econômica Federal em Porto Alegre, Valdemir Colla. O presidente da ABAMF-BM, Leonel Lucas, aproveitou a presença do governador e pediu a implantação do piso salarial de R$ 3,2 mil para servidores da segurança pública, conforme conforme compromisso assumido em campanha eleitoral.
Lucas destacou alguns dos principais pleitos dos colegas de farda às autoridades presentes. A tônica do discurso foi voltada para a adoção do piso salarial de R$ 3,2 mil para a categoria, uma das promessas de campanha do governador. “A nossa tropa não dorme. Na rua, somos médicos, parteiros, advogados, psicólogos. E temos, mesmo assim, o pior salário do Brasil. Estamos preocupados com a situação da categoria”, afirmou. O presidente da ABAMF-BM ainda revelou ao comandante-geral da BM que a associação tem recebido muitos pedidos de colegas no sentido de incentivar a realização de cursos de formação ainda neste semestre. Também destacou os problemas enfrentados pela IBCM, que terá prejuízo mensal estimado em R$ 600 mil por conta de burocracias impostas pela Secretaria Estadual da Fazenda, que exigirá o código de autentificação de cada servidor para a realização de procedimentos médicos.
O soldado defendeu que, para ter moradia digna, o policial precisa, em primeiro lugar, receber um salário digno. O presidente da ABAMF-BM explicou que, durante os sete dias de feirão, as três imobiliárias parceiras oferecerão produtos adequados ao perfil dos brigadianos. “Isso aqui é o começo de tudo. O Feirão da Casa Própria ABAMF-BM será estendido a todo o Estado, através das nossas regionais”, disse Lucas.
O governador Tarso Genro reconheceu que, apesar de estar dando os primeiros passos rumo ao aperfeiçoamento do Pronasci no RS, o caminho ainda é longo. Ele contou que, ao participar de reunião de governadores recentemente, encontrou resistência dos mesmos em aprovar a PEC 300. E sugeriu a troca de estratégia para a aprovação da proposta no Congresso Nacional. “A maioria dos governadores dizem que não poderão pagar os salários dos policiais, combinado com o piso do Magistério, já determinado pelo STF. É necessário mudar de estratégia para que se obtenha a maioria dos votos para aprovação da PEC 300”, afirmou Tarso.
O governador gaúcho sugeriu a criação de um fundo fechado de transferência de recursos para ajudar os estados a pagarem os salários dos servidores da segurança pública. “Sou a favor da PEC, mas é necessária uma estratégia, que deverá envolver a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que precisarão também de um fundo complementar para ajudar os estados a pagarem os seus salários”.
Tarso Genro voltou a dizer que é necessária a reorganização das finanças públicas do RS, “antes que o Estado seja inviabilizado”. Referindo-se especialmente à previdência, o governador reafirmou que encaminhará o Plano de Sustentabilidade Financeira à Assembleia Legislativa e que espera aprová-lo. “Não tenho medo de fazer (as mudanças necessárias na previdência) e vou fazer. O projeto protege quem mais precisa e que não serão onerados. Uma coisa é manter a aposentadoria integral de quem ganha R$ 30 mil por mês. Esse tem que pagar mais. Outra coisa é a de quem recebe R$ 2 mil, R$ 3 mil. Esse tem que ser preservado”, disse o governador.
Café da manhã antecedeu o lançamento do Feirão
Um café da manhã oferecido no restaurante da ABAMF-BM antecedeu a solenidade de lançamento do 1° Feirão da Casa Própria ABAMF-BM. Na ocasião, o presidente da entidade, Leonel Lucas, apresentou as imobiliárias Rial, Lopes e Noblesse, que integram o feirão, e oferecerão mais de 5 mil imóveis aos brigadianos. Apresentou também a GDM Seguros e Negócios, encarregada de encaminhar os trâmites entre os compradores e a Caixa, e seus correspondentes bancários, Marisa Vieira e Mauro Doebber.
O representante da Caixa, Valdemir Colla, destacou que os feirões de imóveis são uma ótima oportunidade para adquirir a casa própria. “Esse convênio firmado com o governo do Estado, especialmente, tem condições diferenciadas para os policiais militares, sendo a principal delas a flexibilização da pesquisa cadastral aos órgãos de proteção ao crédito”, afirmou Colla. Segundo ele, em 2003, a Caixa financiou R$ 5 bilhões para a compra de imóveis e, em 2010, esse número saltou R$ 77 bilhões.
O comandante-geral da BM, coronel Sérgio Abreu, ressaltou que a iniciativa do feirão proporcionará um caminho para a melhora da qualidade de vida dos policiais militares e também como fator de motivação aos servidores que trabalham para cuidar da segurança pública. O titular da Secretaria da Segurança Pública, Airton Michels, concordou. “Os policiais militares estão diretamente em contato com a população, enfrentando muitas dificuldades. A primeira providência que o governador, ainda na transição, me solicitou foi a questão habitacional dos companheiros da Brigada Militar. Já começamos a desempenhar ações nos municípios visando ao enfrentamento dessa questão”, disse Michels.
Participaram também da solenidade o secretário da Justiça e Direitos Humanos, Fabiano Pereira; o coordenador da Assessoria Superior do Governador, Flávio Koutzii; o secretário-adjunto da Segurança Pública, Juarez Pinheiro; o chefe de Polícia, Ranolfo Vieira Júnior; o vice-presidente do Tribunal de Justiça Militar do RS, João Vanderlan Rodrigues Vieira; o presidente da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da BM, Aparício Santellano.
O QUE É:
O 1° Feirão da Casa Própria ABAMF-BM acontece das 9h às 18h na sede da ABAMF-BM (Av. Veiga, 223), em Porto Alegre, até o dia 31.
PELO ACORDO, A CAIXA NÃO EXIGE REGULARIDADE CADASTRAL DOS INTERESSADOS (SPC, Serasa).
QUEM PODE BENEFICIAR-SE: servidores da Brigada Militar, Polícia Civil, Superintendência dos Serviços Penitenciários e Instituto-Geral de Perícias ativos, inativos, viúvas e pensionistas, que tenham renda bruta familiar até R$ 2.790,00 (valor a ser reajustado).
VALOR DOS IMÓVEIS QUE PODEM SER FINANCIADOS: a) na Capital: até R$ 150.000,00; b) na Região Metropolitana ou municípios que tenham mais de 250.000 habitantes: até R$ 130.000,00; c) demais municípios: até R$ 100.000,00.
PRAZO DE PAGAMENTO: até 30 anos, com as seguintes taxas de juro: a) renda familiar bruta até R$ 2.325,00: 5,00% ao ano e b) renda familiar bruta até R$ 2.790,00: 6,00% ao ano.
VALOR DA PRESTAÇÃO: calculada de acordo com a capacidade de pagamento, renda familiar bruta, idade do contratante, bem como margem de consignação de até 30%.
MODALIDADES: a) Aquisição de imóvel na planta; b) Aquisição de imóvel novo individual ou vinculado a empreendimento que não tenha sido habitado; c) Aquisição de terreno com construção da casa própria; d) Construção em terreno próprio.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - PARABÉNS À ABAMF PELA INICIATIVA INÉDITA DE FAVORECER A FAMÍLIA BRIGADIANA ABRINDO OPORTUNIDADES PARA O SONHO DA CASA PRÓPRIA. NOSSOS APLAUSOS MERECIDOS, EFUSIVOS E SINCEROS QUE PARTEM DE QUEM NASCEU NUMA FAMÍLIA DE SOLDADO DA BRIGADA MILITAR E SABE DAS DIFICULDADES DESTA CLASSE EM OBTER UM CANTO PARA MORAR, PARA ORGULHO E SEGURANÇA DO CONJUGE, FILHOS E AVÓS.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
POPULAÇÃO CUMPRIMENTA PM DO 11° BPM QUE MATOU ASSALTANTE
"O povo está cansado de ser assaltado", diz PM que matou assaltante em farmácia da Capital. Soldado Rodrigo Rodrigues Ziebell recebeu cumprimentos da população - André Mags - ZERO HORA 26/05/2011
Palmas e incentivos acompanharam o soldado Rodrigo Rodrigues Ziebell, do 11° Batalhão de Polícia Militar, na saída de uma farmácia assaltada no bairro Floresta, em Porto Alegre, na noite de quarta-feira.
Ele havia acabado de matar o criminoso e se tornado o herói da vizinhança. Ziebell foi cumprimentado pela população e narrou à Zero Hora como aconteceu a abordagem. Confira os principais trechos:
Zero Hora – Como foi a chegada à farmácia?
Soldado Rodrigo Rodrigues Ziebell – Recebemos a informação de uma senhora sobre o assalto e fomos ao local. Eu vi um homem voltando para o interior da farmácia. Paramos e estranhei que não havia funcionários.
ZH – Como foi o confronto?
Ziebell – Tiramos os funcionários e entramos. Ele estava atrás de uma porta. Nos viu e atirou duas vezes. Atirei três vezes. Acertei as três.
ZH – O que você sentiu na hora?
Ziebell – A adrenalina sobe. Mas não foi a primeira vez.
ZH – O que você achou da postura da população?
Ziebell – A gente se sente gratificado. É difícil o reconhecimento, hoje em dia. Normalmente, nós somos xingados.
ZH – Nunca tinha sido cumprimentado antes, nas ruas?
Ziebell – Já, mas não desse jeito.
ZH – Chamaram você de herói.
Ziebell – É... isso prova que o povo está cansado de ser assaltado. Infelizmente, é uma vida (do assaltante), mas não é um inocente.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
OFICIAIS PIONEIRAS
Oficiais pioneiras na Brigada Militar - Rosane de Oliveira, ZERO HORA, 01/05/2011
Quando Janete Consuelo Ferreira (E), Ana Haas, Carmen Andreola e Sílvia Vissot Bitencourt entraram para a Brigada Militar, há 25 anos, estavam quebrando um tabu: eram, junto com mais seis colegas, as primeiras mulheres a frequentar a academia da centenária instituição. Entraram sabendo que chegariam no máximo ao posto de capitão. O tempo passou, as regras mudaram e as quatro acabam de ser promovidas a tenente-coronel.
Em 1986, Janete tinha 25 anos e era formada em Serviço Social; Ana, aos 23, em Educação Física; Carmen, 25, em Enfermagem, e Sílvia, 24, em Farmácia. Nunca tinham segurado uma arma na mão.
Desses 25 anos, cada uma guarda uma lembrança do melhor e do pior momento. Carmen lembra de quando ajudou a prender um jovem traficante na Restinga, pai de um menino de pouco mais de dois anos. Quando estavam levando o pai, o menino ameaçou: “Quando eu crescer, vou matar vocês”.
– O pior foi quando precisei entregar o corpo de um soldado morto ao pai que morava no Interior – relata Silvia.
Para Ana, o mais difícil foi quando acompanhava uma manifestação do MST e o grupo depredou o prédio da Receita Federal:
– Eles jogavam foices, paus e pedras por cima de nós.
Janete e Sílvia, cada uma mãe de duas meninas, tiveram dificuldade para conciliar a maternidade e as tarefas de brigadianas. Mas sobreviveram.
Quando falam do significado de serem as primeiras a chegar no penúltimo degrau da carreira, não hesitam: foi uma vitória das mulheres.
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