Jorge Luiz Prestes Braga
Por ocasião do assalto à fábrica de joias em Cotiporã assistimos, nós, a população, o povo, os reles mortais, a uma atuação digna de registro e de excelência profissional invejáveis da Brigada Militar como um todo, oficiais e praças, sem mágoas, recalques, desavenças ou ressentimentos “interna corporis”. A população dos pequenos municípios do Interior do Estado já não pode mais se reservar ao direito de ir e vir como bem entende, pois a violência já não é mais privilégio dos grandes centros e avança a cada dia, ceifando vidas e acabando com a qualidade de vida nesses outrora oásis do bem viver. Impossível analisar da atuação Policial Militar de forma mais concreta estando afastado do local e hora do acontecido, mas pelo que se noticiou, o enfrentamento foi rápido, violento e deixou resultados amplamente positivos para a força pública. Os policiais militares que atuaram no ocorrido deram mostras de inequívoco preparo técnico, coragem e desprendimento.
A repercussão na mídia, no caso amplamente positiva, se mostra oportuna para indagar: e se tivesse morrido um refém? A repercussão teria sido a mesma? A atuação positiva teve por base trabalho preventivo de inteligência policial aliado à decisão oportuna de manobra de tropa e meios materiais adequados para as cercanias do local de provável atuação da quadrilha. É de salientar que as ações de enfrentamento denotaram o preparo profissional e a coragem dos policiais que as protagonizaram, tudo resultado da experiência anterior aliada ao necessário e fundamental treinamento a que são submetidos os policiais militares em seus mais diversos cursos de formação, aperfeiçoamento e preparação. Qualificar de heróis ou simplesmente relegar a uma boa dose de sorte o desfecho satisfatório resultante da atuação policial é uma posição minimalista, a qual não me alio e nem se sustenta frente à realidade dos fatos. O entendimento mais correto, a meu ver, vai na linha de que o resultado foi fruto do empenho diário da Brigada Militar, através de seus oficiais e praças, em suas ações de treinamento, planejamento, fiscalização e execução do policiamento ostensivo em suas mais variadas modalidades e processos.
Coronel RR, ex-presidente da AsOfBM
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