SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA DA BRIGADA MILITAR IMPEDE UMA AÇÃO DE TERRORISMO NO SISTEMA PRISIONAL GAÚCHO.
Não houvesse a pronta vigilância dos serviços de inteligência da Brigada Militar, o RS seria palco de uma tragédia de nível mundial que escancara ainda mais a falência de um sistema prisional permissivo e brando que alimenta ainda mais as benevolências, a ousadia dos presos e o domínio das fações criminosas. Este fato deve servir de alertas aos políticos e magistrados.
Se presos já beneficiados por um regime brando ousam cometerem assassinato de agentes e explosão de um estabelecimento prisional para conquistar mais benefícios, pode ser um sinal de grave ameaça contra uma justiça que pretende ser coativa e intolerante contra o crime.
O que pode ocorrer no sistema fechado?
ALERTA. Perigo a vista. Cuidado, senhores políticos, magistrados, promotores de justiça e lideranças sociais para a implosão do sistema que pode colocar policiais, agentes prisionais e detentos em grave risco de vida, além da preservação patrimonial e o controle dos estabelecimentos penais.
Estão de parabéns as equipes de inteligência da Brigada Militar (BM) e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) que deram um fim a este plano criminoso e terrorista. O uso ilegal de explosivos deveria ser considerado ato terrorista regido por leis fortes aplicadas por uma justiça ágil e coativa com penas longas, regime fechado e sem benevolências ou medidas alternativas.
A ousadia da bandidagem parece estar ainda mais alimentada pelas leis benevolentes criadas por nossos representantes no Congresso com a conivência do descaso dos juristas e da leniência da sociedade brasileira para com a paz social.
A NOTÍCIA:
GUILHERME A.Z. PULITA , ZERO HORA - 16 de junho de 2012 | N° 17102Não houvesse a pronta vigilância dos serviços de inteligência da Brigada Militar, o RS seria palco de uma tragédia de nível mundial que escancara ainda mais a falência de um sistema prisional permissivo e brando que alimenta ainda mais as benevolências, a ousadia dos presos e o domínio das fações criminosas. Este fato deve servir de alertas aos políticos e magistrados.
Se presos já beneficiados por um regime brando ousam cometerem assassinato de agentes e explosão de um estabelecimento prisional para conquistar mais benefícios, pode ser um sinal de grave ameaça contra uma justiça que pretende ser coativa e intolerante contra o crime.
O que pode ocorrer no sistema fechado?
ALERTA. Perigo a vista. Cuidado, senhores políticos, magistrados, promotores de justiça e lideranças sociais para a implosão do sistema que pode colocar policiais, agentes prisionais e detentos em grave risco de vida, além da preservação patrimonial e o controle dos estabelecimentos penais.
Estão de parabéns as equipes de inteligência da Brigada Militar (BM) e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) que deram um fim a este plano criminoso e terrorista. O uso ilegal de explosivos deveria ser considerado ato terrorista regido por leis fortes aplicadas por uma justiça ágil e coativa com penas longas, regime fechado e sem benevolências ou medidas alternativas.
A ousadia da bandidagem parece estar ainda mais alimentada pelas leis benevolentes criadas por nossos representantes no Congresso com a conivência do descaso dos juristas e da leniência da sociedade brasileira para com a paz social.
A NOTÍCIA:
PLANO FRUSTRADO. Detentos planejavam matar agentes e explodir albergue. Objetivo dos presos do semiaberto de Caxias era forçar a Justiça a liberá-los para prisão domiciliar.
Um trabalho de inteligência da Brigada Militar (BM) e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) colocou fim a um plano criminoso. Detentos do regime semiaberto pretendiam matar agentes e presos e incendiar e explodir o Albergue Prisional, no bairro Sagrada Família, em Caxias do Sul. O objetivo era, com a destruição do prédio, forçar a Justiça a liberá-los para cumprirem pena em prisão domiciliar.
Na madrugada de ontem, no entanto, PMs e agentes penitenciários surpreenderam os detentos, evitando o motim. Cinquenta presidiários foram transferidos para prisões de Caxias e de outras unidades do Estado.
Em 2010, quando o albergue não havia sido inaugurado e a Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (Pics) estava superlotada, presos do semiaberto cumpriam pena domiciliar. Porém, com a abertura da nova unidade, a Justiça revogou todos esses benefícios, considerados pela massa carcerária como um salvo-conduto para o cometimento de novos crimes. Nessa situação, eles sabem que não são fiscalizados em suas residências, onde devem apenas pernoitar, e que só precisam comparecer no presídio uma vez por dia para assinar um livro de presença.
Justiça poderá determinar volta ao regime fechado
Devido à desistência de alguns presos de participar do motim, a informação do que estava sendo arquitetado pelos apenados chegou à BM e à Susepe, no dia 13. Para frustrar o movimento, os dois órgãos solicitaram à Vara das Execuções Criminais (VEC) vagas em outras cadeias e removeram presos do albergue. A operação final das autoridades começou nos primeiros minutos de ontem.
De acordo com o delegado regional da Susepe, Roniewerton Pacheco Fernandes, os presos ficarão pelo menos 30 dias nas outras cadeias. Esse é o prazo previsto para finalizar os Processos Administrativos Disciplinares contra eles. Caso seja comprovada a falta grave, a Justiça poderá colocar todos de volta no regime fechado.
Como a polícia impediu o motim
6 DE JUNHO - 19 presos considerados líderes se reúnem no albergue. Um deles apresenta a ideia de explodir a prisão e convence seus companheiros de cárcere. Destruindo o prédio, eles acreditam que forçariam a Justiça a conceder-lhes prisão domiciliar. O grupo define funções e datas para executar a ação. Há preso orientado a levar gasolina para dentro da cadeia e outro a cortar a tubulação de gás. A ideia era provocar o incêndio nas primeiras horas do dia 10, domingo passado, assim que os presos deixassem o albergue para passar o dia fora.
DE 7 A 9 DE JUNHO - A gasolina chega às mãos dos responsáveis pelo incêndio. Seis criminosos levam seis litros de gasolina, divididos em embalagens de um litro, para dentro da cadeia. O combustível seria distribuído nos alojamentos.
9 DE JUNHO - Presos dos alojamentos 1 e 2 desistem do motim, porque muitos estariam perto de deixar em definitivo a prisão e outros temeriam pelo fracasso do ataque e para onde seriam transferidos devido à destruição do albergue. Assim, a ideia de incendiar os seis alojamentos cai por terra.
10 DE JUNHO - Às 6h da manhã gelada de domingo, presos começam a deixar o prédio, na Rua Conselheiro Dantas. Onze minutos depois, agentes penitenciários percebem fumaça vindo dos alojamentos 3 e 4. Em segundos, as chamas se propagam. Bombeiros são chamados e controlam o fogo. Detentos ainda sem direito de sair da cadeia de dia são confinados em um pátio. A tubulação de gás não é cortada. À noite, presos retornam ao albergue. Com dois alojamentos queimados, 53 presidiários são acomodados em outros alojamentos e nos corredores. Apenados arquitetam represálias contra presos que desistiram do ataque e voltam a tratar da estratégia para por fim ao albergue. Um preso do semiaberto fica encarregado de conseguir dinamite para explodir a cadeia, matando agentes penitenciários e os presos que desistiram do incêndio. Durante a semana, uma série de assassinatos deveria acontecer dentro albergue, executando todos os presos contrários ao motim.
13 DE JUNHO - O setor de inteligência do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO/Serra) da BM começa a frustrar o plano. PMs recebem a informação de que um preso do semiaberto guardava explosivos em casa. Como a mulher dele estava com prisão preventiva decretada pela Justiça, por envolvimento com o tráfico, PMs vão em busca do casal. No final da manhã, a mulher e o marido são encontrados na casa de parentes, próximo ao albergue. No começo da tarde, eles são levados até a residência onde moram, no bairro Vila Amélia. No local, policias encontram oito bananas de dinamite e drogas. Com a apreensão da dinamite e prisão do responsável por ela, os presos líderes do movimento decidem iniciar a retaliação aos homens que consideravam traidores. Às 20h27min, um detento é esfaqueado no pescoço, mas sobrevive. Presos decidem incrementar a estratégia para forçar a Justiça a determinar a prisão domiciliar. Com um celular, gravam um vídeo mostrando as condições de alojamento após o incêndio. Nas imagens, um apenado relata que eles não têm espaço para dormir. Uma cópia das imagens é deixada na portaria do jornal Pioneiro.
ONTEM - A Susepe e a BM sabem que os chefes do motim pretendiam matar dois presos dissidentes, antes do dia 17, a data escolhida para o ataque final. No começo da madrugada, PMs e servidores entram no albergue e dominam os apenados. Em uma revista, são apreendidos 29 baterias de celular, 41 celulares, duas serras, seis tesouras, um estoque, seis facas, dois papelotes de maconha, duas buchas de cocaína e 72 pedras de crack. Cinquenta presos são transferidos para outras prisões.
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