quinta-feira, 17 de abril de 2008

Tributo ao Homem Fardado


Começamos este blog homenageando estes heróis da nova geração da Brigada Militar, homens e mulheres que ,apesar dos baixos salários, parcos recursos e apoio insuficiente da lei e dos Poderes deEstado, estão nas ruas arriscando a vida em prol do bem estar da sociedade.

De Ari Pinheiro e Ubirajara Anchieta

O Rio Grande ainda era piá
Quando a Brigada surgiu.
E foi a pampa que pariu
Seu estro de soberana
Velha Milícia pampeana
Sempre na frente da luta
Forjando a brava conduta
Da família brigadiana.

A história, século e meio
Narra conquistas, entreveiros
Guapos e fiéis brasileiros
Enobrecendo fileiras
Ouviram soar nas ileiras
Tocadas por mãos de taita
Melodias num velha gaita
Para alegrar as trincheiras


Na Guerra do Paraguai
Teve o primeiro batismo
Num brado de gauchismo
Carimbou sua identidade
Lutando com hombridade
Sem desprezar os contrários
Mostrando aos adversários
Lições de brasilidade

Depois, em noventa e três
De novo ergueu a crista
E sem medir sacrifício
Fez da luta seu ofício
E da coragem sua bandeira
Enterrando nas laranjeiras
O bravo coronel Fabrício.

Da batalha do Avaí
Ao combate de Buri
Desde cedo foi assim
Que a "briosa" se portou
Em cada lugar que lutou
Ganhou um pouco de glória
Deixando restros de história
Em cada chãoque pisou...

Tomara que neste pampa
Onde a paz já fez morada
Vive sempre irmanada
Nas notas de um canto novo
Mas se um dia o meu povo
Ver esta terra ultrajada
Sou mais um a vestir a farda
E ser brigadiano de novo.

Me alisto de voluntário
Sem que o pago me convide
Para que ninguém duvide
De tua fibra de raiz
Lume de pátrio matiz
Alumbrando feitos notórios
Do teu corpo provisório
Neste garrão de país.

Volto a trilhar o caminho
Que pisaste velha Brigada
E esta honra legada
São valores fontais
Da força que habita em nós
É o presente da história
É tributo de amor e glória
O holocausto dos teus heróis.

Um dia velha Brigada
Quiseram manchar teu nome
Mas o tempo não consome
Quem se fez por ideal
Ninguém seca manancial
História ninguém apaga
Nãose mata a fio da adaga
Quem já nasceu IMORTAL!

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