ZERO HORA 25 de janeiro de 2016 | N° 18425
ALMANAQUE GAÚCHO | Antônio Goulart
Em 25 de janeiro de 1916, pelo decreto nº 2.172, o então presidente do Rio Grande do Sul, Salvador Ayres Pinheiro Machado, transformou a chamada Escolta Presidencial numa unidade independente, a qual vinha atuando desde 1913 como um pequeno destacamento mantido na sede do governo, o Palácio Piratini. Mais tarde, em 1936, passou a denominar-se Regimento Bento Gonçalves, em homenagem ao grande chefe Farroupilha. Em 1974, é transformado em 4º Regimento de Polícia Montada, abreviado depois para 4º RPMon, sendo seu primeiro comandante o capitão Lourenço Galant.
Em sua longa trajetória, o Regimento Bento Gonçalves participou dos mais importantes episódios da história do Rio Grande do Sul. Em 1930, ainda como Escolta Presidencial, seguiu com um contingente de 145 homens até o Paraná, acompanhando o trem em que viajava Getúlio Vargas com destino a São Paulo, seguindo depois para o Rio de Janeiro, onde acabou assumindo a Presidência da República.
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o RBG teve o seu chamado batismo de fogo, numa operação de guerra no município de Soledade, quando o interventor Flores da Cunha deslocou tropas da Brigada Militar com o propósito de combater e reprimir os revoltosos. O confronto ocorreu às margens do Rio Fão, no dia 13 de setembro de 1932.
No período do Movimento da Legalidade, em 1961, o Regimento, como parte integrante da Brigada Militar, teve atuação decisiva na manutenção da ordem na cidade.
O Regimento Bento Gonçalves realiza anualmente, desde 1960, o Festival Hípico Noturno, com 56 edições ininterruptas, dentro dos festejos de aniversário da corporação.
Atualmente, o RBG tem em seu quadro 208 servidores militares, que atuam, com dois esquadrões montados, em todos os bairros da Capital, e um Esquadrão de Guarda que executa serviços junto ao Palácio Piratini. O atual comandante é o major Armin Hugo Muller Neto.