terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A BM E SUA HISTÓRIA NO COMBATE AO CRIME




Jornal O Sul - 24.02.15


Paulo Roberto Mendes Rodrigues



Hoje, nem a população nem os bandidos enxergam os brigadianos nas ruas. Aliás, isto é um dos motivos que estimulam a bandidagem e deixa a população cada vez mais insegura. Que saudades da Brigada dos valorosos “Pedro e Paulo” patrulhando as ruas e afugentando os malfeitores.

O Instituto Index, nos dias 6 e 7 de fevereiro, realizou uma pesquisa em trinta municípios gaúchos, entrevistando 1,2 mil pessoas sobre o tema segurança pública. Pois bem! A pesquisa tratou sobre temas polêmicos, tais como liberação do aborto, pena de morte, maioridade penal, ressocialização do preso, porte de arma, entre outros. Aliás, neste ponto, os pesquisados demonstram coerência com o que se percebe no dia-a-dia. Mas, o que chama mais a atenção são as respostas às perguntas:
1) o senhor se sente seguro para caminhar pelas ruas à noite? 82% disseram NÃO;
2) já foi assaltado? 68% disseram SIM;
3) confia na BM? 45% disseram NÃO.

Estes três quesitos são importantes, pois demonstram claramente a situação de insegurança manifestada pelos entrevistados. E mais – e isto é fundamental –, quase a metade da população entrevistada diz não confiar na Brigada. Triste, muito triste.

Sabemos que a contenção da criminalidade é complexa e envolve órgãos de vários níveis. Porém, é a Brigada Militar a parte visível, são os brigadianos fardados que estão – ou deveriam estar – nas ruas enfrentando a bandidagem, fazendo-a recuar. Para a população não interessa se o sistema prisional está superlotado. Não interessa que o Presídio Central tenha sido considerado o pior do país. Na verdade, o que interessa é que exista segurança. Mas, nem nos “territórios da paz” há. O que se vê todos os dias são relatos de extrema violência, deixando os gaúchos e gaúchas inseguros. As estatísticas só aumentam.

A valorosa Brigada Militar gaúcha irá completar 178 anos de existência. Diz-se que a história da instituição se confunde com a própria história do Rio Grande. É a única que está presente nos 497 municípios, atuando diuturnamente, sob quaisquer condições, em defesa da sociedade. Muitas vezes realiza trabalhos que nem são de sua responsabilidade, mas, por não haver outra solução, estende sua mão solidária ao atendimento.

Hoje, nem a população nem os bandidos enxergam os brigadianos nas ruas. Aliás, isto é um dos motivos que estimulam a bandidagem e deixa a população cada vez mais insegura. Que saudades da Brigada dos valorosos “Pedro e Paulo” patrulhando as ruas e afugentando os malfeitores.

Assim, roguemos que o Governador, estimulado pelo artigo 82, XIII, da Constituição gaúcha, que reza que compete a ele, “privativamente, exercer o comando supremo da Brigada Militar”, ouça as vozes das ruas e fortaleça a instituição com recursos humanos e materiais, propiciando um combate mais efetivo ao crime, inspirando-se no passado e projetando o futuro, de modo que na próxima pesquisa a população maciçamente diga SIM, confia na BM (Brigada Militar), e, mais, diga que não mais é refém da insegurança.



Cel. ex-Cmt. da BM





sábado, 14 de fevereiro de 2015

ATO DE GRATIDÃO POR TER SIDO SALVA POR BRIGADIANOS




ZERO HORA 13/02/2015 | 19h05


Menina que teve o cabelo preso no ralo da piscina agradece pelo seu salvamento. Ana Cristina Kieling Pedrazzi, de 8 anos, entregou um desenho aos policiais militares que prestaram socorro no dia do acidente

por Dandara Flores Aranguiz




Foto: Ronald Mendes / Agencia RBS


Após quatro dias internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) Pediátrico do Hospital de Caridade de Santa Maria, a menina Ana Cristina Kieling Pedrazzi, de 8 anos, está bem e já recebeu alta.

Na última segunda-feira, por volta das 10h30min, a garotinha estava tomando banho na piscina da casa dos avós maternos, no bairro Rosário, quando teve os cabelos presos no ralo. Na tarde desta sexta-feira, após deixar o hospital, a menina, acompanhada dos pais, dos avós e de um dos dois irmãos, esteve no quartel da Brigada Militar, na Rua Pinto Bandeira, para agradecer aos policiais militares pelo atendimento prestado no dia do socorro.

Emocionados, os dois brigadianos que atenderam à ocorrência, e um dos batedores que fizeram a escolta da ambulância até o hospital, abraçaram a pequena Ana Cristina. Como um gesto de reconhecimento, ela fez um desenho e o entregou aos policiais, junto com uma carta de agradecimento da mãe e da avó.

_ Não há palavras que expressem nossa gratidão por vocês terem salvado a nossa filha. Graças ao trabalho de vocês é que hoje ela está tão bem. A ajuda nos primeiros momentos e a orientação que vocês deram por telefone até o socorro chegar foi fundamental. Agora ela está tão bem quanto antes, e está aqui para agradecer vocês pelo socorro rápido_ disse a mãe, Fernanda Kieling Pedrazzi, aos soldados Roberto Oliveira do Nascimento, Henrique Bona Omelzuck e Thiago dos Santos Flores.

O capitão Jair Francisco de Oliveira, que era o oficial de serviço no dia do acidente, ressaltou que a agilidade no atendimento foi crucial para obter o êxito no socorro:

_ Nós ficamos emocionados ao ver que eles vieram até aqui para nos fazer esse agradecimento. É o nosso trabalho, mas é muito reconfortante ter o reconhecimento da família com a dedicação que todos tiveram nesse dia. Foi um esforço coletivo para que a gente pudesse ter a Ana de volta ao nosso convívio.

Os soldados Nascimento e Omelzuck foram os dois policiais que realizaram os primeiros socorros - massagem cardíaca e ventilação - e reanimaram a menina até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

_ É gratificante o reconhecimento das pessoas. Nós desempenhamos nosso trabalho o mais rápido possível. É uma satisfação ver a Ana sem sequelas, saudável e no seio da família novamente_ declarou Omelzuck.

_ Nós tentamos agir com calma e colocar em prática todo o conhecimento que recebemos nos treinamentos para socorrer a vítima e tentar amenizar a situação. Nós sempre pensamos que poderia ser um filho nosso, de um colega, ou um ente querido_ comentou Nascimento.

Ao todo, 11 brigadianos participaram do atendimento, desde o auxílio por telefone da equipe da Sala de Operações, até os batedores que ajudaram a escoltar a ambulância até o hospital.