segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

HÁ POLICIAIS VELANDO POR VOCÊ!

VIA INTERNET

Bayerlle Tenente


LEMBRE-SE: 

Enquanto tu te divertes; enquanto tu comemoras; enquanto tu abraças teus familiares e amigos; enquanto tu bebes, ri e choras, HÁ POLICIAS TRABALHANDO PELA TUA SEGURANÇA, longe de suas famílias, de seus lares, distantes de seus amigos. 

Estão lá trabalhando pela tua proteção, possibilitando tua alegria. Suas ceias são, quando muito, um lanche rápido, suas comemorações um torpedo no celular, um abraço do colega ao lado e, talvez, um sorriso inocente de uma criança que passa. 

Patrulhando a cidade, nosso bairro, tua rua, a PÉ, MOTORIZADOS ou dentro de QUARTÉIS e DELEGACIAS, HÁ POLICIAIS TRABALHANDO PELA TUA SEGURANÇA. No pipocar dos rojões, das luzes artificiais que brilham, POLICIAIS olham para o céu e, longe daqueles que amam, privados de suas emoções fraternas, fazem uma oração ao COMANDANTE SUPREMO: 

- "Obrigado, Meu DEUS por nos possibilitar saúde, força e tolerância ao defender, ao proteger a vida e proporcionar a paz àqueles que, muitas vezes, nos desprezam, nos agridem com palavras e armas, pois sabemos que nossa MISSÃO é necessária e nosso jugo é leve, obrigado Pai e Proteja nossa família, nossos irmãos e amigos, enquanto de serviço estamos. Amém!" 

Sim, tchê, enquanto houver crime, enquanto houver violência, haverá um policial de serviço para SERVIR e PROTEGER! 

Portanto, você que é consciente, você que sabe o valor de um policial...

LEMBRE-SE de dar um telefonema de agradecimento, ou cumprimentar.


MANDARAM A GENTE SE ENTREGAR, MAS REAGIMOS!



ZERO HORA 30/12/2012 | 08h56

Assalto em Cotiporã. "Mandaram a gente se entregar, mas reagimos", diz PM que participou de ação. Policiais relatam a troca de tiros com criminosos que tentaram assaltar fábrica de joias na Serra

Três criminosos morreram no confronto com a BMFoto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS

Humberto Trezzi (texto) e Ronaldo Bernardi (fotos), de Cotiporã

Eram 2h15min quando os soldados da Brigada Militar Derquis Adriano Martins e Sedenir Silva toparam com uma Fiat Strada em alta velocidade, com pelo menos sete pessoas seminuas na caçamba. Não tiveram dúvidas: era um dos veículos usados pela quadrilha que acabara de explodir uma fábrica de joias em Cotiporã. E os desafortunados na caminhonete eram reféns dos bandidos.

Derquis e Sedenir, que trabalham no serviço reservado da BM em Bento Gonçalves, sabiam que a quadrilha faria o assalto, mas não sabiam onde. Foi então que receberam uma ligação, logo após a 1h30min, relatando 10 pequenas explosões de dinamite que destroçaram a fábrica de joias Guindani, em Cotiporã, distante 30 quilômetros de Bento.

A dupla ganhou apoio de dois outros policiais, pegou os fuzis, pistolas e entrou num Vectra com as cores da BM, se deslocando a mais de 100 km/h para Cotiporã. Foi no caminho, numa estrada de chão batido, que os PMs viram a caminhonete repleta de reféns — todos sem camisa, mãos para cima, apavorados.

Antes mesmo que pudessem se dar conta de que o veículo era da quadrilha, os brigadianos foram recebidos a bala. Uma saraivada de tiros de fuzil AK-47 acertou em cheio a viatura policial. Os PMs revidaram com tiros de fuzil FAL e mataram um bandido que estava num outro veículo, um Audi com placas frias, de São Luiz Gonzaga. O criminoso, que vestia colete a prova de balas e traje tático (estilo militar), morreu com um tiro na cabeça. Os outros criminosos dispararam e feriram os dois PMs que acompanhavam Derquis e Sedenir. Um deles, o soldado Neivaldo, recebeu tiros numa perna e num braço e ficou caído na estrada.

PM ferido em confronto com bandidos em Cotiporã passa bem. Neivaldo Nondillo está internado no Hospital Pompéia, em Caxias do Sul

Dois PMS ficaram feridos em confronto com parte de uma quadrilha que havia atacado uma fábrica de joias, em Cotiporã. A ação ocorreu durante a madrugada deste domingo.

Neivaldo Nondillo, 40 anos, teria sido atingido por dois tiros de fuzil em um dos braços e em uma das pernas. O policial foi transferido do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, em Veranópolis, para o Hospital Pompéia, em Caxias do Sul. De acordo com informações do hospital, Nondillo não corre risco de morte e se prepara para passar por uma cirurgia no braço.

O outro PM ferido é Leonardo Rafael dos Santos, 31 anos. Ele levou um tiro de raspão, foi atendido em Veranópolis, e liberado.


Confira, a partir daí, o relato de Derquis:

Zero Hora — Com o seu companheiro ferido, como vocês reagiram?

PM Derquis Martins — Tinha feridos dos dois lados, os veículos bloqueavam a estrada, aí negociamos uma trégua. Era uma situação surreal, invertida: estávamos em menor número. Eles eram uns sete em dois carros, nós em quatro. Mandaram a gente se entregar, mas reagimos. Parecia que eles eram policiais e nós os criminosos.

ZH — Vocês reagiram, mesmo eles estando com reféns?

Derquis — É que eles atiraram primeiro, acertando nossos colegas. Aí matamos um deles, o do Audi. Ficou um impasse. Negociamos, eles liberaram cinco reféns, mas aí eles tentaram abrir caminho à força, arrancando a caminhonete. Aí atiramos de novo e matamos mais dois deles, o Falcão e o Paulo César da Silva.

ZH — O senhor já tinha estado num tiroteio como esse?

Derquis — Sim. Participei do tiroteio que resultou na morte do Julianinho, em Caxias (comparsa de Falcão na mesma quadrilha desbaratada hoje). Mas desta vez foi pior, foi terrível, era tiro para tudo que é lado. Quase morremos. Ainda bem que estamos aqui para contar a história. Sinto pena é das sete pessoas que ainda estão reféns.

O LÍDER DO RESGATE DE COTIPORÃ

ZERO HORA 31/12/2012 | 13h33

Conheça quem é o capitão Juliano Amaral que anunciou pelo twitter o resgate dos nove reféns


"Quando encontramos as vítimas foi um momento emocionante", disse Juliano
Foto: Caco Konzen / Especial

Lara Ely, Cotiporã


A operação que terminou o ano contando pontos positivos a favor da Brigada Militar teve a frente de seus homens o capitão Juliano Amaral, um policial que usa Twitter, faz trabalho voluntário, pratica esportes e curte Gangnam Style.

Ao anunciar o resgate dos nove reféns pela rede social o capitão mostrou ser um homem conectado com o seu tempo, e não deixou a rotina pesada da vida policial endurecer a relação com o mundo. Tem a fala leve, o sorriso franco e gostos joviais.

Uma sutileza que revela essa característica é que, mesmo aos 41 anos, escolheu como toque de seu celular (que não parou de tocar um minuto nas últimas 48 horas) o hit do momento nas paradas de todo o mundo: Gangnam Style — a música toca e quem está perto já começa a dançar.

Após publicar em seu perfil no Twitter que as vítimas haviam sido encontradas e estavam bem, remetendo gratidão a Deus, concedeu uma entrevista a Rádio Gaúcha em que declarava abertamente seu amor à instituição Brigada Militar.

— Quando encontramos as vítimas, a cerca de 1,5 quilômetro de casa, foi um momento emocionante. Foi, sem dúvida, o que garantiu um final feliz para o ano de 2012. Espero que continue assim até o fim do dia de amanhã — disse na madrugada de segunda-feira.

Pois é de casa que Juliano traz o gosto pela profissão de policial. Cresceu vendo o pai e o irmão trabalharem na polícia. Já passou por cidades como Santa Maria e Porto Alegre, mas atualmente fixou residência em Flores de Cunha. Ainda não tem filhos, mas tem uma noiva que ficou chateada quando soube que mais um feriadão com viagem marcada teria que ser adiado por causa da profissão do futuro marido. Ela vai ter de se acostumar com a vida agitada, pois é exatamente neste tipo de situação que o coração de Juliano bate mais forte:

— Trabalhar em uma operação como essas é o sonho de consumo de todo policial. É pura adrenalina.

Sobre o Twitter, ele diz que aprendeu a usar há dois anos, quando participou de um treinamento no Rio de Janeiro nas incursões às favelas nos morros. Disse que, desta forma, a comunicação com as comunidades flui melhor. Achou interessante e decidiu adotar, apesar de "ter gente que critica e que não gosta, por achar que é exposição demais". Àquela altura da madrugada, estava curioso para ler todos os comentários na rede social.

Perguntado sobre sua crença religiosa, Juliano diz que foi criado em meio a Assembleia do Reino de Deus, e que os pais são evangélicos. Mas, apesar de não seguir uma religião específica, acredita que sem a mão de Deus o resgate não teria sido feito dessa forma.

Autoconfiança e disciplina também não faltam à personalidade de Amaral. Com experiência de quem liderou outras operações como essa, ele firmou-se como um homem de confiança da polícia local e está há dois meses na missão que investiga os crimes que acontecem na região. Rápido no gatilho, foi firme ao responder qual era o palpite para o desfecho da história:

— Tinha 99% de certeza que os reféns seriam liberados sem problemas. Os assaltantes são profissionais do crime, conhecem a legislação e sabem que a pena ia ser dura, caso machucassem alguém — conclui, gabando-se.